segunda-feira, 30 de abril de 2012



Filha solar e descolada de Verônica e Cadinho. De personalidade forte, é acrobata. Enquanto estava de férias no Brasil, foi convidada para fazer parte do Cirque de Soleil no Canadá, mas se apaixonou perdidamente por Jorginho em uma noitada e desistiu da proposta para ficar com o namorado.

domingo, 8 de abril de 2012

Quando a novela é das 18h ou das 19h, rolam limitações, diz a atriz. Foto: Luiza Dantas / Carta Z Notícias/TV Press

Fazer TV está longe de ser uma novidade para Nathalia Dill. Ao contrário, essa foi a atividade principal de sua vida nos últimos quatro anos. Mas só agora, na pele da acrobata Débora de Avenida Brasil, a atriz experimenta o destaque e a responsabilidade de uma novela das 21h.

E, enquanto a maioria de seus colegas enfatiza a importância e a maior visibilidade do horário, em comparação com as tramas exibidas mais cedo, ela destaca uma característica que está diretamente ligada ao seu trabalho. "O que muda mesmo é a classificação indicativa. Os mesmos temas ganham outra abordagem, um contexto diferente. E eu ainda não tinha vivido isso. A diferença de público interfere na própria dramaturgia, na forma de contar a história", analisa ela, que tem se sentido mais à vontade em cena por essa característica.

"Acaba sendo mais libertador do que aprisionador. Quando a novela é das 18h ou das 19h, rolam limitações", explica Nathalia, que estreou na Globo em Malhação, às 17h30, e integrou o elenco de três novelas das 18h: Paraíso, Escrito nas Estrelas e Cordel Encantado.

Em Avenida Brasil, Débora é uma jovem de família rica e culta que se apaixona por um jogador de futebol. Mas essa diferença de cultura não é um fator que prejudique a relação dos dois. O namoro com o suburbano Jorginho, vivido por Cauã Reymond, é abalado pela chegada de Nina, personagem de Débora Falabella. Isso porque a "chef" de cozinha é, na verdade, a sofrida Rita, menina por quem Batata, apelido de Jorginho quando criança, se apaixonou na época em que vivia em um lixão. "Assim que li a sinopse, vi a injustiça que minha personagem iria sofrer. Competir com um amor de infância é complicado", diverte-se.

Para interpretar Débora, Nathalia precisou fazer aulas de tecido acrobático e mudar a cor do cabelo. Os fios estavam pretos desde que encerrou as gravações de Cordel Encantado. Mas, como a direção achou que o tom não combinaria com a atual personagem, a atriz acabou adotando um visual que é, na verdade, quase fiel ao seu tipo natural.

"Confesso que fiquei triste. Estava adorando ficar morena. Mas, de fato, acho que não tinha a ver mesmo", admite ela, que também precisou se render de vez à musculação para ganhar força e resistência. "É importante para as aulas de tecido, então tento manter uma rotina de três vezes por semana", diz.

Gravar Avenida Brasil lhe traz uma agradável sensação de familiaridade. Primeiro, porque a equipe técnica da novela é praticamente a mesma de Cordel Encantado, seu último trabalho na Globo. E ainda pela proximidade em cena com Cauã. Foi ele um dos atores que mais contracenaram com Nathalia quando ela viveu a determinada Dora da fábula de Thelma Guedes e Duca Rachid, em que ele vivia o mocinho Jesuíno.

"Ficamos sabendo ainda durante as gravações de Cordel. Essa interação ajuda muito. Foi mais ou menos o que senti quando voltei a atuar com o Jayme Matarazzo depois que fizemos Escrito nas Estrelas também", compara.

Em sua quinta escalação longa - e praticamente consecutiva - na TV, Nathalia garante que não se preocupa em emendar trabalhos. O discurso revela maturidade ao analisar sua escalação constante nos folhetins. "Funcionários de qualquer empresa têm 30 dias de férias por ano. Por que comigo teria de ser diferente?", indaga ela, que garante que sempre teve uma rotina intensa mesmo quando não era contratada da Globo.

"Eu aproveitava as férias da faculdade para ensaiar uma peça, fazer outras coisas. Até estranho quando paro muito tempo, como aconteceu entre Paraíso e Escrito nas Estrelas", argumenta.

Avenida Brasil - Segunda a sábado, às 21h, na Globo.