sexta-feira, 6 de maio de 2016

 

Em tese, o amor seria o motivo certeiro para fazer uma pessoa compartilhar o teto (e a vida) com outra. Para Branca, de "Liberdade, liberdade", porém, o sentimento está em segundo plano. Na visão da vilã, o mais importante é ter um marido para apresentar à sociedade. Se subtrairmos as semelhanças das diferenças, pouco sobra entre personagem e intérprete. Independente e bem resolvida, Nathalia Dill é uma mulher de seu tempo. Defende as conquistas femininas, mas não deixa de sonhar.

— Tenho muita vontade de me casar. Acho que o ser humano está aí para dividir a vida. Mas a mulher não pode ter isso como base de suas conquistas, é preciso ter vida, profissão e interesses próprios — opina a atriz de 30 anos, que há um namora Sergio Guizé, intérprete do Candinho de "Êta mundo bom!".

Nathalia é dona de um discurso coerente. Daria uma boa aula de civilidade para Branca se tivesse oportunidade. Na balança entre sonho e vida real, ela tenta o equilíbrio. É assim com a vontade de ser mãe.

Nathalia não esconde paixão por Guizé nas redes  

— A idade biológica é diferente da idade social para se ter um filho. O ideal é até os 25. Mas é nessa fase que você está começando a dar rumo a sua vida. Como encaixar? Nunca pensei em produção independente. Quero dividir isso com alguém, mas tem que ser uma pessoal legal e não no desespero. Quero muito ser mãe — conta.

Disputar a atenção de um homem, como na ficção, nem pensar:

— Nunca passei por nada assim. As coisas têm que ser mais fáceis (risos).

Se vivesse na época de "Liberdade", Nathalia, com certeza, faria sua voz ser ouvida.

— Em nenhum país do mundo a gente pode dizer que existe igualdade de gêneros. Não somos uma sociedade igualitária. A mulher que não se casa fica para trás, já o homem é visto como garanhão. É importante mostrar o que acontecia antigamente, para refletirmos que muita coisa ainda é igual — opina.

Ela não se abala com as cenas de sexo

Nesta semana, Branca levou Xavier (Bruno Ferrari) para a cama. Tudo para obrigá-lo a se casar com ela. Nathalia encara com naturalidade as cenas mais ousadas do folhetim das 11.

— Não tenho tantas questões com isso. Para falar a verdade, eu nem penso (risos). Não me preocupo com as pessoas comentando. Se é para contar uma história, acho válido — explica a atriz, que tenta entender o lado de sua personagem: — Ela quer segurar o noivo de todas as formas, e o sexo, com certeza, é uma delas. Se ela não se casar, vai para o convento ou ficar falada. Ele é a chance dela, que já passou da idade para aquela época.

Em casa, ela e o namorado trocam muitas ideias sobre o trabalho e se ajudam.

— Sou fã do trabalho dele e da novela. A gente conversa, bate texto. A nossa troca é muito legal — destaca.